A motorista que invadiu o calçadão da Praça Tiradentes e causou um acidente com quatro vítimas vai responder pelos crimes cometidos em liberdade. Ela foi solta pela polícia após a determinação em audiência de custódia, quando a justiça entendeu que por não ter antecedentes criminais e não apresentar risco a sociedade, a prisão dela poderia ser convertida para a liberdade provisória.

A mulher tem 69 anos e não teve a identidade revelada pela Polícia Civil. Ela seria uma empresária de Ponta Grossa. O delegado Edgar Santana, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) disse que a motorista prestou depoimento e não soube dizer como foi parar em cima da calçada.

A empresária teve a carteira de habilitação suspensa e terá que cumprir medidas cautelares, com apresentação constante à Justiça de seu paradeiro e atividades, conforme determinação feita durante a audiência de custódia, realizada no fim do sábado (7). A idosa responde por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e lesão corporal. A pena pode passar de quatro anos de reclusão.

O acidente foi registrado na última sexta-feira (6). De acordo com testemunhas e imagens de câmeras de segurança, a condutora seguiu pela contra-mão na Praça Tiradentes, invadiu o calçadão e atingiu os pedestres que caminhavam na região. O veículo só parou após atingir um poste e a estrutura de uma loja.

Uma idosa de 67 anos morreu no local. Uma mulher de 32 anos teve as pernas prensadas e precisou ser amputada. Ela segue internada no Hospital do Trabalhador. Outras duas pessoas também foram atingidas, mas tiveram ferimentos considerados leves, receberam atendimento médico e foram liberadas.

Antes de ser encaminhada ao hospital, a motorista de 69 anos realizou teste do bafômetro e o resultado deu negativo. Ela alegou um mal súbito e disse fazer uso de medicamentos controlados.

Testemunhas que estavam próximas ao local na hora do acidente confirmaram que o veículo desceu parte da rua na contramão. O vendedor Marcos Antonio trabalha em uma loja a menos de 20 metros do acidente e presenciou a cena.

O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil, que tem o prazo de 30 dias para concluir o inquérito policial.