Acidentes envolvendo motocicletas tem sido noticiados com frequência na mídia. E na maioria das vezes, os condutores das motos levam a pior. Só nestes últimos dias, foram três mortes no Paraná. Ouça a matéria completa: 

Nesta semana, três graves acidentes envolvendo motociclistas, terminaram com vítimas fatais no Paraná. Na segunda-feira (22), o condutor da moto que se envolveu em uma colisão na BR 277, em Palmeira, nos Campos Gerais, não resistiu aos ferimentos. A batida entre a moto e um kia Cerato, foi no km 167 da rodovia.

No mesmo dia, em Londrina, no norte do estado, outro grave incidente envolvendo um ônibus do transporte coletivo, terminou com a moto destruída e a morte de um jovem de 29 anos.

Em Curitiba, também na última segunda-feira (22) um acidente envolvendo dois carros e uma moto terminou com a morte do motociclista, de 32 anos, na Linha Verde, no bairro Xaxim.

Notícias assim, entristecem o motoboy Claudinir da Silva Júnior. Ele ainda luta na justiça para reaver os danos causados em uma batida onde o motorista do carro fugiu e só foi identificado graças às imagens de câmeras no semáforo. Segundo ele, o trânsito está muito perigoso, seja nas rodovias ou dentro da cidade.

Anderson Fidelis está na profissão há 19 anos. Puxando pela memória, já foram pelo menos três sustos neste tempo.

Fidelis confirma que os motoqueiros costumam costurar no trânsito, mas condena atitudes mais agressivas. Entre os principais problemas estão falta de equipamentos obrigatórios de proteção, alta velocidade e desrespeito às regras para trafegar.

O médico Ernani Balsi acredita que o respeito pode trazer harmonia no trânsito. Quando se está ao volante, a visão que se tem, é outra, mas ainda assim, deve prevalecer o bom senso.

O atleta Kauã França costuma andar de bicicleta pelas ruas da capital. No comparativo com outros modais, ele diz estar mais próximo das motos e quem anda sobre duas rodas, acaba levando a pior. Na opinião dele, os motoristas dos veículos cometem as infrações mais graves.

A imprudência e o aumento na quantidade de veículos sobre duas rodas são apontados como principais causas de tantas mortes. Um estudo divulgado em maio deste ano, feito pela Universidade Federal de Minas Gerais, levou em consideração números de todos os estados e apontou crescimento de 53% na taxa de mortalidade de motociclistas no Brasil entre os anos 1990 e 2019. Os dados usados na pesquisa foram coletados de estimativas do estudo Carga Global de Doenças de 2019. O estudo teve como parceiros as universidades Federal de Goiás, de Brasília, o Ministério da Saúde e uma universidade de Washington, nos Estados Unidos.

Em maio deste ano a CBN Curitiba produziu uma matéria sobre o tema, leia mais: 

Curitiba tem 16 acidentes envolvendo motos em apenas 24 horas; levantamento mostra que em 2022 foram quase dois mil