Mauro Machado Urbim, o Maurinho, como era conhecido, teve a morte confirmada pelo Paraná Clube. Ele estava internado no Hospital do Trabalhador, em Curitiba, após ser pisoteado por um cavalo da Polícia Militar, no último sábado (30).

Mauro era conselheiro do clube e também presidente da torcida organizada Fúria Independente.
Conforme a PM, a situação aconteceu antes da partida entre Paraná e Cascavel, na Vila Capanema, quando integrantes da torcida organizada do Paraná tentaram invadir a área reservada para a torcida visitante.

Segundo a corporação, cerca de 80 integrantes da organizada tentaram invadir o espaço e foi necessária a intervenção do Regimento de Polícia Montada.

No entanto, essa versão foi contestada tanto pela organizada que Mauro Urbim era presidente, quanto pela torcida organizada rival.

Segundo a nota divulgada pela Fúria Independente, em momento algum houve confusão ou tentativa de invasão ao espaço destinado a torcida adversária.

A nota diz ainda que “sem qualquer necessidade, de forma truculenta e covarde, a Polícia Militar, com o seu Regimento de Polícia Montada, pisoteou o presidente Mauro Machado Urbim” e que “nada justifica a ação violenta e criminosa da PM. Além de que, nada justificaria atropelar com um cavalo e pisotear a cabeça de qualquer cidadão”.

A torcida organizada La Furia Aurinegra, do Futebol Clube Cascavel, também negou qualquer tentativa de invasão.

Na nota publicada nas redes sociais, a organizada afirma que “não houve provocações antes, durante ou depois da partida” e que qualquer notícia de conflito entre as torcidas foi “mera fuga para a ação truculenta de um órgão despreparado”.

Por meio de nota, o Paraná Clube lamentou a morte do torcedor que também era conselheiro do clube e decretou luto oficial de três dias.

A Polícia Militar do Paraná informou que vai abrir uma sindicância para apurar o caso. A morte do torcedor também é investigada pela Polícia Civil.