Um espaço que funciona como uma casa terapêutica para tratamento de dependentes químicos em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, deve ser fechado a pedido do Ministério Público do Paraná (MPPR). Em uma ação civil pública, o órgão apontou que a instituição chamada de “casa terapêutica Kadosh”, apresenta diversas irregularidades no local, como detalha o promotor de Justiça, Alexandre Ribas Paiva.

Além disso, o espaço tinha apenas um banheiro para uso coletivo, estava com a conservação e manuseio dos alimentos fora das conformidades e a fiação também em condições inadequadas, segundo a Vigilância Sanitária do município. Ao todo, 18 pessoas eram abrigadas pelo local e devem ser entregues as suas famílias ou para outras instituições de tratamento regularizadas. Caso esse encaminhamento não seja feito o responsável pela comunidade terapêutica irregular pode pagar uma multa diária de R$5 mil.

A casa Kadosh, se manifestou informando que “desde a primeira notificação buscaram solucionar os problemas indicados. Quando houve a solicitação de interdição administrativa, a casa pediu mais prazo para solucionar os problemas, o que foi concedido pela Vigilância Sanitária. Abriu um CNPJ, constituiu uma diretoria, tem estatuto social, possui uma pessoa responsável pela casa com curso superior e iniciou reformas internas no espaço. No entanto, ainda faltam a licença de funcionamento do Corpo de Bombeiros e o Alvará.

Não tem o conhecimento da determinação judicial de interdição, mas tão logo seja intimado dará o cumprimento. A casa funciona sem fins lucrativos, de forma voluntária e com recursos da comunidade, sem cobrança de mensalidade ou custos dos internos”.