O Ministério Público Eleitoral do Paraná enviou um pedido de cassação do mandato do prefeito de Agudos do Sul, na região metropolitana de Curitiba, Jesse da Rocha Zoellner (Progressistas), indicando que ele teria comprado votos. Junto dele, também pode ser cassado o vice, Antônio Gonçalves da Luz (PSD).

Os dois foram eleitos em uma votação extemporânea, que aconteceu em abril do ano passado, após a candidata eleita em 2020, Luciane Teixeira (MDB), ter tido a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral. Ela foi considerada inelegível.

Na cidade de 9,5 mil habitantes, o candidato derrotado Diego Luis Teixeira (MDB), apontou que teve conhecimento de que os dois candidatos teriam comprado os votos de ao menos duas pessoas por meio de transferência de Pix. O candidato acusou ainda o prefeito e o vice de terem criado uma estrutura para transportar eleitores.

O Ministério Público Eleitoral aceitou a denúncia e, caso a Justiça Eleitoral considere verdadeira, os dois podem ser cassados do mandato. A chapa ganhou com 3.117 votos. O candidato derrotado teve 2.813. Ambos ainda seguem na prefeitura e não foram afastados.

Os dois tiveram a quebra do sigilo bancário, indicando que Jessé, o prefeito, teria mandado dinheiro por Pix para 18 pessoas de 26 de março a 1º de abril, dias antes da votação. O Ministério Público Eleitoral acredita que a chapa tentou comprar votos. O prefeito acusado afirmou que a medida é uma tentativa da oposição de tirá-lo do cargo e negou qualquer irregularidade.

O Ministério Público Eleitoral reforçou que o voto é um direito político assegurado para o cidadão e não pode ser convertido em qualquer tipo de moeda de troca. O caso segue em análise pela Justiça Eleitoral.