As manifestações nas rodovias que cortam o Paraná estão na mira do Ministério Público do Trabalho, como uma possível greve ilegal, tendo como motivação o descontentamento político. Isso pode ser enquadrado como crime eleitoral, segundo Margaret Matos de Carvalho, procuradora-chefe do MPT-PR.
De acordo com ela, se ficar provado por meio das placas dos veículos envolvidos, que há empresas por trás das manifestações, os donos poderão ser responsabilizados, com pagamento de multas.
Por meio de nota a Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado do Paraná – FETRANSPAR se posicionou contraria a manifestações em estradas. A entidade, que representa mais de 20 mil empresas do setor no Estado do Paraná, juntamente com os sindicados filiados, afirmou reconhecer o direito da livre manifestação dos trabalhadores caminhoneiros.
Porém, afirma que essas manifestações, trazem em paralelo os bloqueios em rodovias e impedem o tráfego também de caminhões responsáveis pela garantia do abastecimento, sobretudo aqueles que transportam os insumos básicos, a exemplo de alimentos, medicamentos, combustíveis e suprimentos para hospitais.
O texto ainda diz que a FETRANSPAR reprova os atos de bloqueios e impedimentos do tráfego de quaisquer veículos. Frisa ainda que trabalhadores das empresas de transportes do Estado do Paraná não integram esses grupos e desejam manter suas atividades na normalidade.
Para que isso ocorra, a entidade necessita a garantia da segurança dos motoristas e colaboradores do setor no exercício desta atividade fundamental. É imprescindível que haja a liberação das rodovias para que ocorra o tráfego normal de veículos. Quem assina a nota é o Coronel Sérgio Malucelli, presidente da FETRANASPAR.
O Batalhão de Polícia Rodoviária informou por meio de nota também que os locais de manifestação em Rodovias Estaduais estão sendo monitorados e equipes policiais estão presentes. A orientação para os motoristas é de que busquem vias alternativas às rodovias citadas por intermédio de aplicativos de GPS/orientação.
No Paraná os bloqueios começaram já na madrugada de domingo para segunda. De hora em hora, com atualizações da Polícia Rodoviária Federal do Paraná e Centro de Operações Integradas do Departamento de Estadas de Rodagem do Paraná, o número passou de 30.