Depois da solicitação feita pela Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), o Ministério da Saúde (MS) confirmou, nesta quinta-feira (9), que vai enviar de forma emergencial o inseticida Cielo para combater o Aedes aegypti no Paraná. O mosquito é responsável pela transmissão de dengue, zika e chikungunya. De acordo com Ministério da Saúde, o produto deve chegar ao estado na próxima terça-feira (14).

O pedido foi feito no mês de fevereiro por meio de um ofício enviado ao órgão federal, como afirmou o secretário de Saúde do Paraná, César Neves.

César Neves falou que as medidas para combater a dengue começam com a cooperação da população.

Foram definidos alguns critérios para a distribuição do inseticida para as Regionais de Saúde do estado, como a incidência de casos prováveis e autóctones de dengue das últimas dez semanas nos municípios; óbitos por dengue; nível de ação de resposta do plano de contingência municipal; casos prováveis de chikungunya; além dos municípios que concentram um maior número de casos confirmados.

O Cielo é um inseticida de pronto uso utilizado no tratamento espacial de ambientes externos com função específica para a eliminação das fêmeas de Aedes aegypti. A utilização é recomendada apenas em situações de aumento de casos.

O último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, na terça-feira (7), apontou aumento acima de 16% nos casos confirmados de dengue, que já somam mais de 5.500 confirmações. Os casos autóctones, que significa que a pessoa contraiu a doença na cidade onde mora, também apresentou alta de quase 16% e está em cerca de 4.400 casos.

O número de mortes subiu para seis, houve mais um registro no estado. Um homem, de 68 anos, com comorbidades, morador de Foz do Iguaçu, morreu em decorrência da dengue no dia 25 de fevereiro.

Em relação à febre chikungunya, há 35 confirmações em todo o estado, sendo 12 casos autóctones. O Paraná continua em alerta para a doença, pois a proximidade com o Paraguai preocupa, já que há registro de surto de casos da doença no país vizinho. De acordo com o Ministério da Saúde do Paraguai, o país registrou mais de 18 mil casos da doença e mais de 30 mortes.

O secretário de Saúde do Paraná afirmou que há bloqueios na região da tríplice fronteira.

Além do anúncio do inseticida, também foi apresentada uma nota de orientação, que ainda está sendo finalizada pelas áreas técnicas sobre “Chikungunya Congênita – O manejo de gestantes e recém-nascidos no Estado do Paraná”, que deve ser publicada na próxima segunda-feira (13).

A Sesa informou que o estado já capacitou cerca de 760 profissionais de saúde nos municípios de Foz do Iguaçu e Pato Branco sobre a chikungunya. A programação será estendida para todas as regiões do estado.