Uma pesquisa da Fecomércio mostra que, mesmo com a transferência do carnaval para abril, o mês de fevereiro teve início da recuperação nas vendas.

Os setores com maiores crescimento foram os de calçados (17,71%); vestuário e tecidos (11,80%); óticas, cine-foto-som (3,35%); concessionárias de veículos (2,82%) e combustíveis (1,85%). Entre os que sofreram maiores quedas estão livrarias e papelarias (-19,61%); lojas de departamentos (-17,70%); farmácias (-15,63%); móveis, decorações e utilidades domésticas (-8,29%) e autopeças (-6,89%).

Os dados fazem parte da Pesquisa conjuntural da Fecomércio. O acumulado do ano, com 0,83% positivos, demostra a retomada das vendas – principalmente nos dois setores que mais sofreram com a pandemia (calçados e vestuário e tecidos). Os motivos seriam o retorno da circulação de pessoas, com os trabalhos presenciais e a volta às aulas.

Os maiores crescimentos foram detectados nas áreas de calçados (30,10%); vestuário e tecidos (28,31%); óticas, cine-foto-som (21,33%); combustíveis (15,49%) e livrarias e papelarias (8,17%).

Comprovou-se que o consumo dos bens de menor porte subiu e os de grande porte não, o que é considerado normal pela época do ano, com muita gente viajando, além da inflação crescente – como demonstrado abaixo.

A pesquisa também mostra que, com a inflação, com aumento de preços e dos juros, acarretou a diminuição do poder de compra da população, havendo redução na aquisição dos bens duráveis, determinado também pela escassez de insumos para a indústria automobilística são outros motivos da grande queda nas vendas nos setores lojas de departamentos (-11,80%) e concessionárias de veículos (-10,36%).

No total, os índices repetem os do ano passado, com mínima piora residual de -0,04% conforme os dados aferidos na comparação com o mesmo mês de 2021, quando os efeitos da variante ômicron da covid-19 ainda não se faziam sentir. Na comparação 2022/2021, os setores que apresentaram crescimento foram: calçados (46,02%); vestuário e tecidos (33,82%); óticas, cine-foto-som (22,69%); combustíveis (14,25%). Com maiores quedas: lojas de departamentos (-13,23%); concessionárias de veículos (-9,53%); autopeças (-7,92%).