Ela é campeã brasileira de ciclismo de pista, campeã paranaense de mountain bike, estrada, contra relógio e montanha. Mas na cidade, Chyntia Duarte recomenda cuidado ao pedalar sobre duas rodas.

Outra dica valiosa é proteger o corpo porque qualquer queda pode deixar marcas e nos casos mais graves, tirar a vida.

Chyntia tem motivos para praticar a direção defensiva na bicicleta. Os dados de acidentes com bikes não são nada animadores. De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) em 2020 quase 13 mil internações hospitalares foram causadas por atropelamento de ciclistas e tratadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2010. De para cá, pouco mudou.

Na última década 13.718 ciclistas morreram no trânsito após se envolverem em algum acidente, 60% deles em atropelamentos. Todos esses números motivam uma reflexão sobre a forma como enxergamos os ciclistas, contextualiza Hugo Pereira, engenheiro civil e mestre em engenharia de transportes.

Curitiba tem quase 250 km de ciclovias. E a previsão é de que a quantidade seja ampliada, conforme explica o gerente de programas de segurança viária da Secretaria de Trânsito, Gustavo Garrett. Um plano que vem sendo elaborado desde 2019.

Uma das reclamações mais frequentes de quem usa as vias exclusivas para ciclistas, é o estado de conservação. Mato crescido, falta de iluminação e assaltos frequentes são desafios a serem vencidos. Gustavo sinaliza com mudanças positivas nesse sentido.