O renomado diretor norte-americano esteve na capital paranaense há mais de 20 anos, durante as duas primeiras décadas de produção do longa-metragem, e gostou bastante da cidade, que serviu de inspiração. Além das obras, como as canaletas exclusivas para ônibus e o calçadão da Rua XV ou Rua das Flores, a história do arquiteto Jaime Lerner, ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná, também chamou a atenção de Francis Ford Coppola.
No entanto, após a passagem por Curitiba, o filme levou mais 20 anos para ficar pronto e estreia dia 31 de outubro no Brasil. Ao todo, foram mais de quatro décadas, pois Coppola começou a escrever o roteiro em 1983. Segundo especialistas, o longa mistura drama e ficção, além de fazer uma analogia entre a queda do Império Romano e o futuro dos Estados Unidos.
Conforme o cineasta, o personagem de Adam Driver, um arquiteto que sonha com um futuro fantasioso, mas entra em conflito com o prefeito da cidade, foi inspirado em Lerner. O filme mostra a reconstrução de Nova Roma, uma metrópole que foi destruída.
O crítico de cinema, Marden Machado, conheceu o famoso diretor quando ele esteve em Curitiba. Na época, Marden cursava especialização em cinema e o encontro ocorreu após um convite da professora Denize Araújo, coordenadora da pós-graduação em Cinema da Universidade Tuiuti do Paraná. Durante a conversa, Francis Ford Coppola contou como se interessou pela cidade.
Marden Machado disse que o cineasta falou com os alunos sobre a ideia do filme.
Além dessa inspiração para o longa de Francis Ford Coppola, Curitiba já foi cenário para outros filmes, como Lance Maior, filme de Sylvio Back de 1968.
Ainda em 2003, o diretor tinha a ideia da destruição de uma metrópole parecida com Nova York após um acidente. Passados mais de 20 anos, o resultado do filme ainda tem inspiração curitibana, mas foi filmado na cidade de Atlanta.
Francis Ford Coppola estará no Brasil entre os dias 27 e 31 de outubro para participar da 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, e também para promover o novo filme, “Megalópolis”.
