Xaropes, antibióticos e analgésicos continuam em falta nas farmácias privadas do Paraná. Há meses a CBN Curitiba está acompanhando a situação. Havia uma expectativa para que uma normalização fosse verificada já no início deste mês de setembro, mas ainda não aconteceu.
Edenir Zandoná, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado do Paraná (Sindifarma), afirma que desde o fim de janeiro deste ano o problema foi identificado nas farmácias privadas. A situação ainda segue.
Mas ele é otimista. A situação pode ser normalizada pelo menos em um mês.
No início de agosto um levantamento do Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CRF-PR) apontou que quase 100% (97,7%) dos farmacêuticos paranaenses são impactados neste momento pelo desabastecimento de medicamentos – quase 80% (79,5%) são referentes ao setor privado e cerca de 20% (18,8%) ao de farmácias públicas.
O conselheiro federal pelo Paraná e diretor secretário-geral do CRF, Luiz Gustavo Pires, diz que a realidade pouco mudou. O problema é sistêmico. A solução mesmo virá a médio e longo prazo.
Em julho deste ano a Confederação Nacional dos Municípios divulgou uma pesquisa sobre a falta de medicamentos também na saúde básica. O levantamento mostrava que em 85% dos 277 municípios pesquisados havia falta de medicamentos. Os gestores apontaram a falta de amoxicilina, dipirona, dipirona injetável, prednisolona, azitromicina, ambroxol, entre outros.