Nesta sexta-feira (6), as atenções se voltam para o Dia Mundial da Paralisia Cerebral. A data tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a deficiência mais comum apresentada durante a infância. Em todo o mundo, são 17 milhões de pessoas vivendo com a condição, enquanto que, no Brasil, são de 17 mil a 40 mil novos registros todos os anos.
Em Curitiba, o Hospital Pequeno Príncipe é referência no atendimento pediátrico e apoia crianças que passam por essa situação. A médica neurologista da instituição, Elisabete Coelho, explicou do que se trata o problema que acaba prejudicando o desenvolvimento comum de uma criança, preocupando pais e especialistas.
O problema surge a partir de uma lesão no cérebro da criança, no estágio da gravidez ou ou ainda nos primeiros anos de vida. Outros fatores podem ocasionar a condição. A especialista falou sobre como o problema surge.
Existem diferentes níveis de paralisia cerebral e, para todas eles, existe a necessidade da atuação de uma equipe multidisciplinar para permitir o desenvolvimento saudável da criança. A médica apontou quais são esses níveis e como eles são analisados.
A paralisia cerebral é um problema permanente e que não tem cura, mas o diagnóstico e a intervenção rápida podem ajudar a melhorar a qualidade de vida da criança. A médica disse sobre como o cuidado pode beneficiar o paciente.
No Brasil, os direitos da pessoa com deficiência preveem uma série de medidas para ampliar o acesso dessas pessoas à sociedade. A profissional indicou de que maneira os benefícios devem ser preservados, para que o desenvolvimento da criança com paralisia cerebral e até a sua vida adulta, não sejam marcadas pela exclusão.
Contrariando todas as dificuldades, Emanuelle Aguiar de Araújo, de 30 anos, se formou em Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Matinhos, no litoral do estado, no ano passado. Ela tem paralisia cerebral e contou como o apoio foi necessário para que ela pudesse se graduar.
Ela disse que o processo para conseguir concluir o curso não foi fácil, mas que foi a primeira graduada com paralisia cerebral na UFPR no litoral. Para ela, ser uma profissional da área, mesmo com as dificuldades, é algo bastante gratificante.
A paralisia cerebral espástica, que atinge músculos, corresponde a até 80% dos registros, e tendem a afetar, principalmente, o movimento de braçose pernas, além de afetar a visão. No caso da paralisia discinética ou hipotônica, acontecem movimentos involuntárias. E a atáxica prejudica o equilíbrio. O diagnóstico pode surgir ainda durante a gestação ou depois do nascimento.