Nesta segunda-feira (9) representantes de movimentos sociais e entidades organizadas participaram de um ato em defesa da democracia em Curitiba. A concentração aconteceu em resposta às invasões e depredações promovidas por grupos bolsonaristas, em Brasília.

Os manifestantes ocuparam as escadarias da Universidade Federal do Paraná, reconhecida como uma das mais antigas do Brasil. Faixas, cartazes, batucadas e gritos de guerra marcaram o ato pacífico, que teve acompanhamento das forças de segurança da capital.

Líderes de entidades civis e sindicais se revezaram nos discursos, repudiando a invasão a prédios públicos em Brasília e ocupações em refinarias por todo país. A moradora de uma comunidade pobre de Curitiba, Andreia Lima, falou sobre a diferença no tratamento dado pela polícia aos manifestantes bolsonaristas.

O técnico em enfermagem Leandro Barbosa vestiu uma camisa em defesa dos direitos LGBTQIAP+. Ele lamentou o vandalismo contra o resultado das eleições.

O ato em Defesa da Democracia fez com que a socióloga Lígia Cardieri, lembrasse de um passado não muito distante, onde liberdade de expressão era motivo para perseguição. Para ela, hoje há uma distorção de valores.

Nesta segunda-feira (9), o governo do Paraná recebeu oficialmente a determinação do Supremo Tribunal Federal, para desmobilizar as concentrações em frente aos quarteis. De acordo com as forças de segurança do estado, o trabalho passou a ser feito desde que o governo tomou conhecimento da decisão.