Mais um suspeito de participar do ataque a Guarapuava foi encaminhado à delegacia para prestar depoimento. Após ser ouvido nesta quarta-feira (20), o homem foi liberado porque, segundo a Polícia Civil, não foram encontradas evidências para a prisão em flagrante.

É o segundo suspeito ouvido e liberado depois da tentativa de assalto a uma transportadora de valores na cidade da região centro-sul do Paraná. A ação ocorreu na noite de domingo (17) e madrugada de segunda-feira (18).

Os criminosos atacaram a transportadora e o Batalhão de Polícia Militar, além de incendiarem caminhões para evitar a ação dos agentes. O primeiro homem foi preso ainda na segunda-feira suspeito de estar ligado à parte logística de fornecimento de armas à quadrilha, formada por cerca de 30 criminosos.

O inquérito conduzido pela Polícia Civil do Paraná apura os crimes de latrocínio tentado, ou seja, roubo com tentativa de morte, porte de armas de uso exclusivo das forças armadas, disparo de arma de fogo e organização criminosa. A operação para localizar os criminosos continua na região pelo quarto dia seguido.

Durante o confronto, dois policiais e um civil foram baleados. Um dos policiais levou um tiro na cabeça e segue em estado grave no hospital. Ele já passou por duas cirurgias. Uma delas foi realizada na terça-feira (19) para diminuir a pressão intracraniana. O estado de saúde do militar é estável, mas considerado gravíssimo. O outro policial, que levou um tiro na perna, já recebeu alta do hospital.

Ainda nesta quinta-feira (21), um grupo de manifestantes se reuniu em frente ao 16º Batalhão da Polícia Militar em Guarapuava para pedir melhores condições de trabalho aos policiais. Alguns policiais militares que participaram da ação contra os criminosos contestam a afirmação do governo de que um plano de contingência teria sido colocado em prática.

Já a informação de uma suposta troca de comando no Batalhão em Guarapuava ainda não foi confirmada. A comunicação da Polícia Militar declarou que só vai se manifestar por meio de nota oficial assim que houver informação concreta e consolidada.

Por Thailan Jaros (CBN Ponta Grossa) e Andressa Tavares (CBN Curitiba)