Mais de R$ 16 milhões em multas foram aplicadas pelo Instituto Água e Terra (IAT) na segunda operação de combate ao desmatamento ilegal no Paraná. No total são 252 multas em 43 cidades do estado. O valor em multas é quase três vezes maior do que em relação à primeira força-tarefa, concluída em abril, que resultou em R$ 5,9 milhões em multas.

Entre as irregularidades encontradas estão o corte de floresta nativa do bioma Mata Atlântica nos estágios inicial, médio e avançado, em Reserva Legal e em Áreas de Proteção Permanente (APP). Em algumas dessas áreas também foram identificadas atividades sem licenciamento ambiental e uso do fogo para destruição da floresta, situação que aumenta o valor da multa aplicada.

A área identificada de supressão vegetal cresceu 113%, passando de 701 hectares na primeira ação para 1.497,01 hectares nesta segunda. As duas principais ocorrências são em Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul, em espaços de 180,7 hectares e 161,9 hectares. As multas foram para um mesmo infrator e, somadas, passam de R$ 4 milhões.

Segundo o Gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Álvaro Cesar de Goes, a verificação dos responsáveis pelos desmatamentos se deu por meio da análise de imagens de satélite, que foram contrapostas às informações prestadas pelos proprietários no Cadastro Ambiental Rural (CAR), documento que funciona com o registro público eletrônico das informações ambientais dos imóveis rurais.

O valor recolhido pelo Estado com as infrações é repassado ao Fundo Estadual do Meio Ambiente. A reserva financeira tem como finalidade financiar planos, programas ou projetos que objetivem o controle, a preservação, a conservação e a recuperação do meio ambiente.