Em 2023, o Paraná registrou 78 acidentes por choques elétricos e 43 mortes. Esse é o quarto maior número de mortes, atrás da Bahia (61); Rio Grande do Sul (52) e São Paulo (49). Os dados são do Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica de 2023, apresentados nesse ano. Em 2022 foram 27 mortes no estado.

No registros nacionais, o relatório mostrou que os profissionais autônomos foram as principais vítimas, com 62 mortes no Brasil em 2023. Mais de 40% dos acidentes ocorreram em áreas de transmissão, mas casos zonas residenciais aparecem logo em seguida, com 27,8%.

Fios sem isolamento, eletrodomésticos e manutenção caseira foram os principais causadores dos choques. O sócio-diretor da Engerey – empresa de projetos elétricos – Fabio Amaral, explica que fornos e micro-ondas são exemplos de equipamentos que exigem maior carga de energia e podem causar acidentes se ligados juntos em uma mesma tomada. Além disso, a cozinha costuma ser um ambiente molhado.

O profissional também lembrou que as residências possuem um dispositivo residual que evita choques elétricos ao detectar fuga de corrente. O equipamento desliga a corrente naquele ambiente. Ainda assim, é importante consultar um profissional se for necessário um reforço na rede elétrica e utilizar os adaptadores em T apenas para equipamentos de baixo consumo.

Já quando se fala em incêndios de origem elétrica, o Paraná é o número 1 no Brasil, com 113 casos e 10 mortes no ano passado. O relatório cita que Esse aumento nos incêndios acontece por conta de “dimensionamento inadequado ou alterado de dispositivos de proteção” e uso de produtos de baixa qualidade. Para evitar prejuízos a saúde, outra recomendação é observar se há inconsistências na energia da residência. Se sim, é preciso acionar um profissional para solucionar o problema, como explica a capitã do Corpo de Bombeiros, Luisiana Guimarães.

No caso de acidentes que geram incêndio, é preciso chamar o Corpo de Bombeiros o mais cedo possível pelo telefone 193.