A Ponte de Guaratuba contempla um programa de monitoramento ambiental robusto, o qual já monitorou 18 mil animais. Os dados são contabilizados no relatório do Programa de Fauna do empreendimento e incluem aves, mamíferos, répteis, anfíbios, peixes, macrofauna bentônica (organismos que vivem no fundo de ambientes aquáticos) e crustáceos. A informação foi divulgada pelo governo do Estado.

O objetivo do programa é assegurar que o empreendimento seja executado de forma sustentável e que atenda todas as exigências ambientais legais. Nesse contexto, o trabalho garante o monitoramento contínuo da biodiversidade local, com atenção especial às espécies sensíveis e ameaçadas. Nesta semana, as obras da ponta chegaram a 60% de execução, de acordo com o relatório de obras do mês de maio.


SAIBA MAIS


O Programa de Fauna registrou até o momento, algumas espécies de animais considerados raros, como o sapinho-pulga (Brachycephalus sulfuratus), a falsa-coral (Siphlophis pulcher), gavião-pombo-pequeno (Amadonastur lacernulatus) e o papagaio-da-cara-roxa (Amazona brasiliensis).

Durante os monitoramentos, também foram registradas espécies ameaçadas, como a lontra (Lontra longicaudis), gato-maracajá (Leopardus wiedii), raia-viola (Pseudobatos percellens), cavalo-marinho (Hippocampus cf. erectus), tartaruga-verde (Chelonia mydas), maçarico-acanelado (Calidris subruficollis) e figuinha-do-mangue (Conirostrum bicolor).

A raia-viola (Pseudobatos percellens), espécie ameaçada, com formato diferente e que lembra uma viola, atua no revolvimento do sedimento e na circulação dos nutrientes, sendo fundamental para o equilíbrio dos ambientes marinhos e estuarinos.

O gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus), uma imponente águia brasileira, sempre impressiona pela força e beleza. As abelhas-das-orquídeas, além de fascinantes, com suas cores metálicas, são polinizadoras essenciais para plantas nativas. A perereca-marsupial (Fritziana mitus), as fêmeas da espécie carregam os ovos em um tipo de bolsa nas costas, lembrando os marsupiais (gambás, cuícas). E os morcegos, únicos mamíferos que voam, usam a ecolocalização para se orientar e buscar alimento, e ainda são essenciais na polinização.

* Com informações da AEN