A morte de uma menina de 11 anos no dia 27 de abril em Guaraqueçaba, no litoral do Paraná, acendeu um alerta sobre o abuso e a exploração infantil. A pequena foi morta pelo padrasto, Givanildo Rodrigues Maria, que confessou ter asfixiado a criança para cometer um estupro. A mãe e o pai da garota afirmaram à Polícia Civil que nunca tinham presenciado um comportamento diferente do homem.

Em campanha para alertar pais e responsáveis por crianças e adolescentes o Ministério da Saúde reforça que é preciso observar atentamente. Isso porque no Paraná, a cada 34 minutos um caso de violência contra a criança ou adolescente é notificado, de acordo com dados do Sinan. Mas esse número pode ser ainda maior levando em consideração as subnotificações, como explica a promotora Tarcila Santos Teixeira, da Promotoria de Justiça de Infrações Penais contra Crianças, Adolescente e Idosos de Curitiba, unidade do Ministério Público do Paraná (MPPR).

Entre os tipos de violência mais comuns estão a física, lesão autoprovocada, sexual e psicológica ou moral. E ainda, esse tipo de crime acontece principalmente dentro das residências.

Geralmente esse tipo de situação gera comportamentos diferentes do comum da criança e adolescente, como timidez ou extroversão exagerada, introspecção, agressividade. O retorno de comportamentos infatis, desenhos e brincadeiras relacionadas a órgãos genitais, tudo está ligado a um possível caso de abuso. A promotora destaca o que deve ser feito.

Segundo a Polícia Civil, aquele que tomar conhecimento da prática de algum crime contra criança ou adolescente deve denunciar, o que pode ser feito de maneira anônima, pelo 197, da PCPR e 181, do Disque Denúncia. Se a violência estiver ocorrendo naquele momento, a pessoa deve acionar a Polícia Militar, por meio do 190.