O homem preso novamente pela Polícia Federal, na manhã desta sexta-feira (9), no bairro Mossunguê, em Curitiba, já foi alvo de outra operação em 2022. O suspeito é investigado por vários crimes contra a economia popular e o sistema financeiro nacional, como estelionato e lavagem transnacional de dinheiro no mercado de criptomoedas.
Aproximadamente 30 policiais federais cumpriram dez ordens judiciais expedidas pela Justiça Federal de Curitiba. Entre os mandados, havia uma ordem de prisão preventiva e nove de busca e apreensão que foram cumpridas em Curitiba e São José dos Pinhais, na Região Metropolitana.
A Justiça Federal também determinou o bloqueio de contas bancárias das pessoas investigadas.
A Operação Maracutaia, deflagrada nesta sexta, faz parte de um desdobramento da Operação Poyais realizada em 2022, que começou a investigar crimes contra o sistema financeiro.
Conforme a Polícia Federal, há dois anos, as investigações começaram após denúncias de vítimas do golpe que apontaram o líder responsável pelo esquema fraudulento. Atualmente, o investigado responde o processo em liberdade desde junho de 2023. Porém, foi constatado que ele continuou as atividades criminosas.
As investigações apontaram que o chefe do grupo passou a utilizar contas bancárias de outras pessoas para camuflar o dinheiro de origem criminosa, além de violar medidas cautelares ao continuar com as operações ilegais, como explicou o delegado da Polícia Federal, Filipe Hille Pace.
A operação tem o objetivo de interromper as atividades fraudulentas e aprofundar a apuração da responsabilidade criminal de outras pessoas envolvidas.
A primeira fase da Operação Poyais foi deflagrada, em outubro de 2022, no Brasil. Porém, iniciou, em 2016, no exterior, após a polícia americana investigar uma empresa internacional, que atuava nos Estados Unidos, e tinha como principal gerenciador um brasileiro que morava em Curitiba.
Segundo a Força Tarefa de El Dorado, da agência norte-americana de Nova Iorque, o brasileiro possuía mais de 100 empresas abertas no Brasil, por meio de um grupo empresarial, que enganou muitas pessoas aqui e no exterior.
Em 2022, foi constatado que o grupo movimentou cerca de 4 bilhões de reais no Brasil.
- Matéria atualizada às 14h11.