Laudo da Polícia Civil do Paraná confirmou que o presidente da torcida Fúria Independente, Mauro Urbim, de 41 anos, foi morto por pisada de cavalo da Polícia Militar. O caso aconteceu em 30 de julho, na saída do jogo entre Paraná Clube e FC Cascavel, em Curitiba. Os detalhes da conclusão do inquérito foram divulgados em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (1º).
O delegado da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (DEMAFE), Luiz Carlos de Oliveira, afirma que a investigação não apontou culpados e o caso é tratado como fatalidade.
Durante as investigações, policiais militares foram ouvidos e nenhum deles foi apontado como o responsável pelo cavalo que pisou no torcedor. De acordo com a polícia civil, não há indiciamento neste momento, mas caso a Justiça determine, o entendimento poderá ser por lesão e não homicídio.
O tenente-coronel da PM, Emidio Angelotti, lamentou a morte do torcedor e entende que a polícia militar agiu conforme procedimentos.
Para a Polícia Civil, não é verdade que a confusão teria sido motivada pela possibilidade de retirada de uma faixa da torcida organizada por torcedores rivais.
O presidente da Fúria Independente foi socorrido e morreu no hospital um dia depois, em 1º de agosto, há um mês, em razão dos ferimentos.
Em nota, os advogados que representam a família do torcedor afirmaram que o caso seguirá ao Ministério Público do Paraná para denúncia criminal.