O laudo médico emitido pela Polícia Científica do Paraná identificou como indeterminada a morte do idoso Antônio Gregório de Almeida, de 62 anos, que morreu após cair durante uma discussão em frente ao seu estabelecimento, em Curitiba, em 19 de maio.

O documento aponta que com os dados colhidos durante o exame de necropsia e dos exames complementares, não é possível identificar uma causa. Para Jackson Bahls, advogado de defesa do motoboy Diego Silva, que estava na discussão, o laudo tira de seu cliente a suposição de que teria ocorrido um assassinato.

A Polícia Civil informou que a discussão aconteceu após o motoboy ser cobrado sobre um troco que teria sido extraviado. O idoso teria tentado agredir o funcionário que, ao se defender, tocou no empresário, que caiu. Pessoas que estavam no local pediram para o motoboy se afastar após o incidente, mesmo depois de ele tentar não sair de perto.

O laudo aponta que o idoso teria possíveis problemas de saúde anteriores que, na opinião do advogado do motoboy, podem representar que não há qualquer responsabilidade do funcionário no caso. Para a defesa, o caso poderá ser arquivado com a emissão do laudo.

Imagens de câmera de segurança registraram a discussão do motoboy com o homem, em frente ao estabelecimento, no bairro Uberaba, na capital. O inquérito ainda não foi concluído.

A CBN Curitiba entrou em contato com o a Polícia Civil e ainda aguarda retorno.

Já o advogado Igor José Ogar, que representa a família do empresário, se pronunciou em nota:

A família da vítima recebe com tranquilidade o laudo de necropsia.
Dos fatos ocorridos sabemos que são claras e evidentes as lesões na nuca e a hemorragia, isso certamente há de se constar em laudos e inclusive visível por familiares na casa da vítima fatal, certamente sabemos que causada pela queda provocada por quem lhe causou a morte, que foi sem nenhuma dúvida o agressor.

A família da vítima também informa, que deseja processar criminalmente, civil bem como administrativamente na OAB, o advogado do motoboy por estar deliberadamente veiculando conteúdos sigilosos e seletivos do processo que tramita em sigilo, ainda levando a imprensa a erro ao colocar uma “cortina de fumaça” ao propagar que a vítima havia parecido de uma doença pré existente ou outras razões.

Temos a certeza que laudo nada pode falar sobre isso, tampouco não pode dizer que a morte não deu-se pelas lesões e hemorragias da injusta agressão ( lesões na NUCA evidenciadas pela família ), pois isso quem afirmará será o conteúdo probatório completo, com soma de laudos, provas testemunhais, vídeos e outras diligências, todas estas que já evidenciaram e apontaram a autoria da morte deste homem que estava em sua casa, trabalhando e que foi brutalmente empurrado e morto naquela fatídica noite, certamente o agressor deve responder por todos os atos praticados e é leviano dizer que o mesmo não tem ligação direta com a morte da vítima.