O número de lançamentos imobiliários cresceu 47% em Curitiba em 2024. Ao todo, foram lançados 10.541 apartamentos. Os dados são da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR).

Segundo o balanço divulgado, também houve crescimento de 37% no número de unidades residenciais comercializados, com 10.514 unidades.

O presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), Thomas Gomes, destaca que o número de lançamentos está acompanhando a demanda.

Ele conta que, em meio a questões políticas incertas pelo mundo e alta taxa de juros, algumas boas condições de comprar contribuíram para o crescimento do mercado.

Também segundo os dados da Ademi, o volume das vendas em Curitiba somou R$ 8,4 bilhões em Valor Geral de Lançamento, representando um crescimento de 44%.

Para o diretor da incorporadora Piemonte, Filipe Demeterco, o crescimento da economia paranaense também teve papel fundamental na construção civil e na venda dos imóveis.

Além disso, a compra de imoveis na capital não tem sido exclusivamente para a moradia. Cada vez mais a população tem enxergado o mercado imobiliário como investimento a longo prazo. É o que avalia o presidente-executivo do conselho do Grupo Laguna, Gabriel Raad.

Para suprir a demanda dos clientes, construtoras também observam o comportamento da população. De acordo com a diretora de incorporação da Construtora Equilíbrio, Anna Paula Araújo, o perfil do público mudou nos últimos anos. A maioria das pessoas priorizam a compra de imoveis que tenham praticidade e estejam localizados em regiões com atividades de lazer.

Desta forma, a tendência geral é de que os números permaneçam positivos em 2025, mas alguns desafios devem chamar a atenção do setor. Para o presidente Ademi-PR, Thomas Gomes, a taxa de juros ainda deve ser um fator complicador.

Durante o ano, deve permanecer a expectativa do setor pelos primeiros anúncios de redução nas taxas de juros e também da perspectiva econômica para 2026. Esses fatores devem ditar o ritmo futuro do mercado imobiliário na capital, segundo esses representantes do setor ouvidos pela CBN Curitiba.