Uma decisão da Vara de Delitos de Trânsito de Curitiba decidiu suspender, por dois anos, o processo que apura o caso em que a vereadora Maria Letícia (PV) foi detida após bater em um carro, em novembro do ano passado, na capital. Policiais militares alegaram que a parlamentar estaria embriagada, o que foi negado por ela.
A medida exige que a vereadora cumpra algumas condições indicadas pelo Ministério Público do Paraná (MPPR). Após esse prazo, o processo pode ser extinto. A vereadora responde, ainda, um processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar na Câmara Municipal. Durante audiência, na sexta-feira (15), ela afirmou que não estava embriagada.
Na ocasião, a vereadora não chegou a fazer o teste do etilômetro. A defesa da parlamentar afirmou, na época do acidente, que ela fazia tratamento para um problema no nervo óptico. No depoimento ao Conselho de Ética, ela contou ainda tomar remédio à base de canabidiol.
O presidente do Conselho de Ética, vereador Dalton Borba (PDT), explicou que, se o processo não for arquivado, o caso pode ir para votação em plenário. Dentre as punições, está a perda do direito de se manifestar no Legislativo até a cassação do mandato.
A medida, anunciada na sexta-feira (15), para suspender o processo, teria sido tomada por considerar o caso como de menor gravidade jurídica. A defesa da parlamentar informou, por meio de nota, que a suspensão condicional não exige confissão sobre os fatos, que já foram esclarecidos.