O juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, da 2ª Vara Privativa do Tribunal do Júri de Curitiba marcou para o dia 26 de maio de 2022, o julgamento da ex-policial civil Kátia das Graças Belo, acusada de matar a copeira Rosaira Miranda da Silva, em dezembro de 2016.

Conforme a denúncia, a ex-policial deve responder por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, perigo comum e impossibilidade de defesa da vítima.

De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), a vítima estava em um jantar de confraternização com colegas de trabalho, no pátio de um estabelecimento comercial, no Centro Cívico, em Curitiba, quando foi atingida com um tiro na cabeça. Ela chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Kátia das Graças Belo, até então policial civil, foi identificada como sendo a autora dos disparos contra o estabelecimento. Ainda segundo a denúncia, ela estava fora do horário de serviço e, mesmo assim, utilizou a arma recebida da corporação.

A acusada teria se incomodado com o barulho que vinha do estabelecimento comercial, pois, reside ao lado de onde acontecia a confraternização.

A denúncia foi feita em fevereiro de 2017, mas tanto acusação, quanto defesa, entraram com recursos e, somente agora, o julgamento foi marcado.

Em fevereiro de 2021, o Conselho da Polícia Civil do Paraná decidiu pela condenação e expulsão da policial. No entanto, a exoneração só aconteceu em junho do ano passado, quando a decisão foi assinada pelo governador Ratinho Júnior e publicada no Diário Oficial.

O advogado, assistente de acusação, Ygor Salmen, disse que espera a condenação da ex-policial civil por todos os crimes que cometeu.

Já o advogado Peter Amaro, que faz a defesa de Kátia das Graças Belo, afirmou que espera um julgamento justo e que ela seja responsabilizada pelos atos e não por vingança.

Para o julgamento, foram arroladas treze testemunhas entre acusação e defesa.