O juiz José Augusto Guterres, da Vara de Custódia, determinou que o policial federal Ronaldo Massuia Silva, de 43 anos, continue preso. Ele foi transferido da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana (RMC).

O policial federal é suspeito de matar uma pessoa e ferir outras três em um posto de combustíveis, no bairro Cristo Rei, em Curitiba.

De acordo com o juiz, a manutenção da prisão serve para garantir a ordem pública e que, se for solto, existe a probabilidade de que ele possa a voltar a cometer crimes graves.

O juiz afirmou ainda que, mesmo sem estar de serviço, o policial federal usou uma arma da Polícia Federal para atirar contra os clientes do estabelecimento. Além disso, ele usava uma viatura descaracterizada da polícia.

De acordo com a decisão, por motivos ainda não esclarecidos, o policial sacou a arma e “com extrema frieza”, passou a praticar a execução de pessoas que já se encontravam no chão, sem esboçar qualquer tipo de reação.

Conforme o boletim de ocorrência feito pela Polícia Militar, Ronaldo Massuia chegou ao posto onde se desentendeu com um grupo de pessoas, incluindo o segurança do estabelecimento, por conta de uma vaga de estacionamento. Em seguida, ele sacou a arma e atirou.

Além disso, ele estava com sinais de embriaguez e atirou, pelo menos, dez vezes tanto dentro, quanto fora da loja de conveniência.

O fotógrafo André Luiz Fritolli não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do hospital.

Entre as vítimas que ficaram feridas, estão dois motoristas de aplicativo, uma mulher e um homem. Os dois faziam um lanche no local onde a confusão aconteceu.

A motorista, Priscila de Almeida Dal Negro, levou três tiros. Ela segue internada no Hospital Cajuru. A jovem contou que estava com o namorado e um amigo quando tudo aconteceu.

O policial foi preso em flagrante e, em seguida, encaminhado para a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba.

A defesa de Ronaldo Massuia Silva informou que ele está abalado, principalmente, pela morte de uma das pessoas atingidas pelos tiros. Além disso, os advogados do policial afirmaram que naquele dia ele teve um “surto psicótico, devido ao quadro profundo de depressão que vem enfrentando”.

Por meio de nota, a Polícia Federal disse que instaurou um procedimento disciplinar para apurar o fato, em paralelo ao processo criminal.

Ronaldo Massuia Silva é investigado por homicídio qualificado e por três tentativas de homicídio qualificado.

Todas as vítimas seguem internadas em hospitais de Curitiba e o quadro de saúde é considerado estável.