Será retomado nesta terça-feira (21), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o julgamento das denúncias que podem levar à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União). No dia 16 de maio, houve a suspensão da pauta por questão de tempo, por isso uma nova data, exclusivamente para análise dos processos que envolvem o parlamentar, foi designada. O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que a análise e conclusão devem acontecer nesta terça.

A pauta começa a ser analisada a partir das 19h, com manifestações dos advogados de acusação e defesa. O Ministério Público Eleitoral (MPE) também pode se manifestar. Depois, os ministros darão seus votos, a começar pelo relator.

As denúncias acusam o parlamentar de crimes eleitorais no período em que foi pré-candidato à presidência da República e candidato ao Senado Federal. No Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, Moro foi absolvido pela maioria dos desembargadores.

São duas ações, uma do PT e outra do PL, encaminhadas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que acusam Moro de abuso de poder econômico pela suposta realização de gastos irregulares no período de pré-campanha das eleições de 2022.

No final de 2021, Moro estava no Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. A acusação sustenta que houve “desvantagem ilícita” em detrimento dos demais concorrentes ao cargo de senador diante dos “altos investimentos financeiros” realizados antes de Moro deixar a sigla e se candidatar ao Senado pelo União.

Para o Ministério Público, foram gastos aproximadamente R$ 2 milhões, oriundos do Fundo Partidário, com o evento de filiação de Moro ao Podemos e com a contratação de produção de vídeos para promoção pessoal, além de consultorias eleitorais. O PL apontou supostos gastos irregulares de R$ 7 milhões. Para o PT, foram R$ 21 milhões.

Caso os recursos sejam acatados pelo TSE e a cassação de Sérgio Moro seja confirmada, devem ser convocadas novas eleições para o Senado no Paraná.