O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) irá realizar, na segunda-feira (18), o julgamento dos acusados do assassinato do jogador Daniel Corrêa Freitas. O júri popular será realizado no Fórum de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, cidade onde o crime aconteceu.

Em outubro de 2018, o jogador foi encontrado morto em uma área rural da cidade. O caso aconteceu após ele ter participado de uma festa aniversário de Allana Brittes, que completava 18 anos na data do crime. Ela é filha do empresário Edison Luiz Brittes Júnior, que confessou o crime.

Ao todo, sete pessoas serão julgadas quase seis anos após o crime. O pai, por homicídio qualificado, com agravante de motivo torpe, não possibilitar defesa da vítima e meio cruel. Ele também responderá por ocultação de cadáver, coação do curso do processo e corrupção de menor.

A esposa dele, Cristiana Rodrigues Brittes, responde por homicídio qualificado, por motivo torpe, corrupção de menor, coação do curso de processo e fraude processual. A filha, Allana Brittes, será julgada por fraude processual, coação do curso do processo e corrupção de menor.

David Willian Vollero Silva, ex-jogador que teria participado do crime, irá responder por homicídio triplamente qualificado, com os agravantes de motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio cruel. Ele também responderá por ocultação do corpo.

Eduardo Ribeiro da Silva também será julgado por homicídio triplamente qualificado, por meio cruel, motivo torpe e sem permitir com que a vítima se defendesse. Ele será julgado ainda por ocultação de cadáver.

Ygor King irá a júri por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e sem possibilitar defesa da vítima, além de ocultação do corpo. Por fim, Evellyn Brisola Perusso será julgada por fraude processual.

Edson Brittes afirmou que o jogador teria tentado estuprar a esposa, Cristiana Brittes, e que esse foi o motivo do assassinato. O advogado da família acusada, Elias Assad, falou sobre a expectativa para o júri.

O julgamento acontece após quatro trocas de juízes. Em novembro, o juiz Guilherme Moraes Nieto se declarou suspeito e pediu para deixar o processo. Para a função, foi nomeado o magistrado Thiago Flôres Carvalho.