O Ministério Público do Paraná (MP-PR) vai ter que prestar esclarecimentos à Justiça  sobre a denúncia apresentada contra o policial federal Ronaldo Massuia na última segunda-feira (16). O pedido foi feito depois que contradições foram apresentadas na denúncia, segundo a juíza Mychelle Stadler, do Tribunal do Júri. No entendimento da magistrada, no texto não fica claro se o MP acredita em um dolo eventual, que é quando o criminoso não tem intenção de matar, ou em culposo, quando há a intenção.

Ronaldo Massuia atirou contra pessoas em um posto de combustíveis no dia 1º de maio, em Curitiba. Na ocasião, ele utilizava uma arma da Polícia Federal e estava com uma viatura descaracterizada. Massuia descarregou a pistola dentro da loja de conveniências, matou um homem e deixou outras três pessoas feridas.

Para o advogado Nilton Ribeiro, que representa o policial, o erro é claro.

Ronaldo Massuia é acusado por homicídio triplamente qualificado, por sete tentativas de homicídio, e peculato, quando há a apropriação de bem público. Em partes do texto da denúncia, o MPPR indica que Ronaldo “dolosamente agiu com inequívoco propósito homicida, demonstrou intensa brutalidade e oposição ao mais elevado sentimento de piedade e agiu com vontade e consciência”. Em outro trecho, há o uso da frase “assumiu o risco de produzir a morte e aceitou a possibilidade deste resultado”.

Agora a procuradoria terá dois dias para responder de maneira objetiva qual é a sua “denunciação” neste caso à magistrada do Tribunal do Júri.

A defesa de Ronaldo Massuia afirma ainda, que vai pedir a liberdade do acusado.

A CBN entrou em contato com o Ministério Público do Paraná, mas não obteve um retorno até o fechamento desta reportagem