O presidente Jair Bolsonaro afirmou que já acionou o Ministério da Justiça e Segurança Pública e também o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos para que acompanhem o caso da manifestação de um grupo que entrou na igreja Nossa Senhora do Rosário de São Benedito, no Largo da Ordem, em forma de protesto e manifestação, no último sábado, em Curitiba.
Antes mesmo de acionar os ministérios, Bolsonaro usou as redes sociais e chamou de “marginais” as pessoas que participavam do ato.
O ato teria sido organizado pelo vereador de Curitiba, Renato Freitas (PT), por isso, o presidente ainda disse: “Acreditando que tomarão o poder novamente, a esquerda volta a mostrar sua verdadeira face de ódio e desprezo às tradições do nosso povo”.
O caso repercutiu também na política paranaense. Na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputados estaduais também comentaram o assunto.
A deputada estadual, Mara Lima (PSC), afirmou que é evangélica e disse que o ato na igreja católica pode ser considerado como intolerância religiosa.
O deputado Guto Silva (PSD), Chefe da Casa Civil do Paraná, frisou que é preciso diálogo e não ações que possam alimentar o discurso de ódio entre as pessoas.
Já o deputado estadual, Márcio Pacheco (PDT), disse que protocolou uma denúncia junto ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) para que todo o caso seja apurado e investigado.
O deputado estadual, Tadeu Veneri (PT), mesmo partido do vereador Renato Freitas, disse que a entrada do grupo na igreja foi equivocada, mas afirmou que estão tentando politizar uma pauta que não foi proposta pelo partido. Ele usou ainda a nota escrita pelo arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo, para reafirmar o que, segundo ele, aconteceu na igreja.
O secretário da Justiça, Família e Trabalho do Paraná, Ney Leprevost, também se manifestou sobre o assunto. Ele afirmou que a intolerância religiosa é um mal que deve ser cortado pela raiz.
Pelas redes sociais, Renato Freitas também se manifestou sobre o episódio e afirmou que não houve invasão à igreja, pois, ela estava aberta e a missa já estava encerrada.
O vereador disse ainda que vídeos sem contexto e informações falsas estão sendo divulgadas a respeito do ato que ele disse ser contra o racismo, a xenofobia e pela valorização da vida.
Por meio de nota, o Partido dos Trabalhadores disse que lamenta o episódio e esclarece que não participou nem da organização nem da decisão de adentrar o templo religioso. No entanto, diz que os vídeos evidenciam que no momento em que os manifestantes estiveram no interior da paróquia, a missa já havia terminado e o templo estava vazio.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) informou que a denúncia do deputado Márcio Pacheco foi protocolada no final da tarde desta segunda-feira (7) e que deve passar por alguma das procuradorias que poderá pedir, ou não, investigação policial sobre o caso.
A CBN Curitiba entrou em contato com a Prefeitura de Curitiba que afirmou que não vai se manifestar sobre o assunto.