O inquérito que apurou a conduta de treze policiais militares, acusados pela morte de oito suspeitos durante confrontos no mês de agosto do ano passado em Curitiba, foi concluído. De acordo com o Inquérito Policial Militar (IPM) eles agiram em legítima defesa. A investigação segue na Polícia Civil e no Ministério Público.

Segundo nota enviada pela polícia, o encarregado do Inquérito Policial Militar (IPM) entendeu que houve crime militar por parte dos policiais envolvidos e remeteu o processo ao Ministério Público para demais consectários pertinentes. No entanto, ainda que na existência do crime militar, foi identificado o mecanismo da excludente de ilicitude. Ou seja, houve justificativa legal para o crime militar, já que o confronto armado necessitou da tomada de decisão por parte dos militares estaduais, para preservação de suas vidas.


No processo consta que, na esfera administrativa, não houve transgressão da Disciplina Militar. Decisão de que os militares estaduais não infringiram nenhum ponto do Regulamento Disciplinar do Exército (RDE) e nem outras normativas internas da Polícia Militar do Paraná.

Jeffrey Chiquini, advogado de defesa dos policiais, acredita que o processo será arquivado.

Os confrontos foram registrados nos bairros Caximba e Cajuru em Curitiba, em 11 de agosto de 2022. Conforme informações repassadas pela Polícia Militar na época, um trabalho feito em parceria com o Departamento Penitenciário (Depen), levou o setor de Inteligência da Polícia Militar a interceptar ações de um mesmo grupo criminoso que aconteceriam em Curitiba, ligadas ao chamado “Tribunal do Crime”, e que o ex-integrante de uma facção criminosa seria executado por ingressar em um grupo rival.