A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR) divulgou, nesta semana, um indicador que mostra que a intenção de consumo das famílias no estado fechou em queda contínua durante o primeiro semestre deste ano. O índice marcou 101,8 pontos e registrou queda de 0,6%.

É o sexto mês seguido que o índice apresenta queda. Na média brasileira, o índice apresentou alta de 2,6%. Dentre as famílias que ganham até 10 salários-mínimos, houve um aumento entre maio e junho de apenas 0,1%, saltando de 100,4 para 100,6 pontos.

A queda foi puxada principalmente pelas famílias que ganham mais de 10 salários-mínimos. A diminuição foi de 4%, decrescendo de 112,3 para 107,8 pontos. Por outro indicador, o índice paranaense apresentou melhora entre junho de 2022 e junho deste ano, com um aumento de 4,7%.

Em comparação com o resultado do Brasil, o índice paranaense ainda é melhor em números consolidados. O país em 97,3 pontos. Para o economista Marcos José Valle, o índice parananese, que registrou queda, indica uma insatisfação com a taxa de juros, que segue elevada.

No entanto, em relação a junho de 2022, o índice paranaense teve crescimento de 4,7% e está acima da média nacional, que ficou em 97,3 pontos. Mesmo com a elevação mensal de 2,6%, o índice brasileiro ainda demonstra a insatisfação dos consumidores. Para o especialista, a situação afeta diretamente a economia.

No caso das famílias mais ricas, todos os aspectos avaliados tiveram redução nessa faixa de renda, como momento para duráveis, com queda de 9%, nível de consumo atual, com redução de 8,9%, e perspectiva de consumo, com diminuição de 5,6%.