O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MPPR) cumpriu nesta quarta-feira (1) 26 mandados de busca e apreensão em 13 cidades do Paraná e uma de Santa Catarina em uma operação contra policiais civis.

Conforme o Gaeco, a ação é um desdobramento de outra operação realizada em abril de 2019, que investiga crimes de corrupção passiva, estelionato, prevaricação e associação criminosa.

Segundo as investigações, um empresário mantinha uma empresa de recuperação de automóveis furtados que ele supostamente “encontrava”. Para isso, contava com o auxílio de agentes da Polícia Civil, que passariam previamente os dados dos veículos para o líder da organização.

O promotor de Justiça Tiago Lisboa Mendonça, do Núcleo do Gaeco de Foz do Iguaçu, conta que entre os alvos dos mandados estão um delegado, quatro escrivães e cinco investigadores da Polícia Civil.

Os mandados foram cumpridos em seis delegacias de polícia, um escritório de advocacia, uma empresa e diversas residências em Curitiba, São José dos Pinhais, Piraquara, Toledo, Foz do Iguaçu, União da Vitória, Altônia, Guarapuava, Matinhos, Pontal do Paraná, Pinhais e Umuarama, além de Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

A Justiça determinou ainda a suspensão das atividades econômicas da empresa investigada, o bloqueio de bens de dez investigados, em valores que variam de R$ 22 mil a quase R$ 1,8 milhão, e a suspensão de quatro policiais de suas funções.

A CBN Curitiba entrou em contato com a Polícia Civil do Paraná e foi informada que “A Polícia Civil do Paraná (PCPR) participou do cumprimento de mandados judiciais de operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na manhã desta quarta-feira (1). A PCPR conduz investigações na esfera administrativa. A Instituição não coaduna com desvios de conduta. Caso sejam comprovadas irregularidades, os servidores serão responsabilizados de acordo com a legislação vigente.”