Com as festas de Carnaval previstas em Curitiba e no Litoral do Paraná nesse feriado, especialistas da saúde voltam a alertar sobre a importância da prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
Em Curitiba são mais de 18 mil pessoas vivendo com HIV/AIDS, segundo dados mais recentes do boletim da Secretaria Municipal de Saúde que trazem os números de 2021 como ano base.
Além do vírus HIV, o médico infectologista Jaime Rocha esclarece que existem outras doenças transmissíveis que merecem atenção. É o caso da sífilis, que pode ser adquirida várias vezes.
O número de adultos diagnosticados com sífilis no Paraná foi de 10.738 em 2022.
O médico ainda alerta para a vacinação. No caso do HPV por exemplo, é possível receber o imunizante que protege contra quatro cepas do vírus. Porém a adesão tem caído.
As primeiras manifestações da infecção pelo HPV surgem entre, 2 a 8 meses, mas em alguns casos pode demorar até 20 anos apresentar algum sinal de infecção, segundo o Ministério da Saúde. A doença costuma apresentar lesões e verrugas na região genital e está associada ao câncer de colo do útero.
Essas doenças possuem uma similaridade: podem ser transmitidas através do contato sexual sem proteção adequada. Com a evolução da medicina é possível encontrar tratamento para essas doenças, inclusive melhorando a qualidade de vida dos pacientes, no caso da AIDS por exemplo. Ainda sim, a recomendação é o uso de preservativos e, de preferência, evitar a relação sexual com vários parceiros.
No caso de pessoas que já tiveram relação com diferentes pessoas sem o uso do preservativo, é possível realizar exames para detecção desses vírus. O HIV e Sífilis podem ser detectados por meio de exame laboratorial por coleta de sangue e está disponível no SUS de forma gratuita.
Já para a HPV é possível fazer o exame ginecológico Papanicolau, que ajuda na identificação de lesões precursoras do câncer do colo do útero, segundo o Ministério da Saúde.