O uso do Parque Histórico do Mate, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, pela comunidade indígena da Aldeia Kogun Já Má, foi formalmente autorizado nesta semana pelo Ministério Público do Paraná.

O espaço poderá ser utilizado para moradia e promoção de atividades culturais e artesanais pela população indígena. A assinatura do termo de uso do espaço, que tem caráter provisório.

Situado no bairro Rondinha, próximo às margens da BR 277, o imóvel encontrava-se em situação de abandono e já era ocupado por indígenas há alguns meses. Ali vivem atualmente dez famílias da etnia Kaingang que, por iniciativa própria, vinham realizando melhorias nas instalações.

A promotora de Justiça Mariana Andreola de Carvalho Silva, que atua na 1ª Promotoria de Campo Largo e acompanhou as tratativas, ressaltou que o objetivo é ressignificar socialmente o espaço e dar início à promoção de atividades culturais e comercialização de artesanato.

Além da autorização de uso, o termo prevê a obrigação de preservação do patrimônio histórico e ambiental do local pelas famílias ali instaladas, bem como a manutenção da infraestrutura do espaço por parte do Estado do Paraná, com a cooperação do Município de Campo Largo.