Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde, dentro do Programa Nacional de Imunizações (PNI), apontou que nos primeiros seis meses deste ano, a vacina BCG atingiu quase 88% de cobertura no Paraná. O recomendado pelo órgão é de 90% de cobertura para o público-alvo. A vacina é muito importante e está entre as primeiras vacinas indicadas para recém-nascidos. A BCG previne contra as formas mais graves da tuberculose, como a tuberculose miliar e a meningite tuberculosa.

Em Curitiba, a cobertura vacinal está em 97% no primeiro semestre. Esse índice ultrapassa o indicado pelo Ministério da Saúde, como explicou Alcides de Oliveira, diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde.

Alcides de Oliveira disse que esse alto número de imunizados também resulta da conscientização dos pais.

A tuberculose é uma doença que atinge pulmões, ossos, rins e meninges. Os principais sintomas são tosse, que pode conter sangue, falta de ar, dor no peito, fraqueza, perda de peso, febre e suor no fim do dia.

O Ministério da Saúde recomenda que a dose seja aplicada o mais precocemente possível logo após o nascimento em bebês com mais de dois quilos. Caso não seja possível administrar ainda na maternidade, a vacinação deve ser aplicada em uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

Depois da aplicação, a reação começa com uma mancha vermelha que evolui para uma pequena ferida e, por fim, a famosa cicatriz no braço direito, que a maioria das pessoas desenvolve.

A vacina BCG é a porta de entrada para o calendário vacinal das crianças. Para incentivar a imunização, desde de 2023, são realizadas diversas ações para reforçar a cultura de vacinação no país, com destaque para a estratégia recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que consiste em diversas atividades com foco na realidade de cada localidade.

A OMS estima que, nos países em que a tuberculose é frequente e a vacina integra o programa de vacinação infantil, mais de 40 mil casos anuais de meningite tuberculosa são evitados. Além das crianças, a vacina é indicada para quem convive com pessoas diagnosticadas com hanseníase e estrangeiros com menos de cinco anos que estejam de mudança para o Brasil e não foram imunizados.