O índice elevado de chuvas em Curitiba nos últimos meses tem aumentado a preocupação de pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), que desenvolveram um estudo para mapear pontos de alagamento na capital. A iniciativa consulta a população por meio de um formulário para entender quais as áreas da cidade são as mais atingidas pelos alagamentos.

No questionário, existe a opção de indicar onde a cheia é presenciada, se o local é área de moradia, estudo ou trabalho ou se o problema acontece próximo de rio. A pesquisa é coordenada pelo engenheiro ambiental Altair Rosa e auxilia no mapeamento dos danos causados por temporais a partir de informações dos próprios curitibanos.

O pesquisador informou que mesmo que janeiro seja um mês considerado chuvoso, as mudanças climáticas podem ter responsabilidade na grande quantidade de temporais. Em diversos pontos de Curitiba, alagamentos prejudicam o cotidiano de moradores e aumentam os danos na infraestrutura da cidade.

O engenheiro avaliou que o crescimento desordenado das cidades, a dificuldade no escoamento de água e a ocupação irregular do solo prejudicam a estrutura de bairros, causando alagamentos com maior facilidade. Ele alertou, ainda, que o descarte irregular do lixo também aumenta o risco de enxurradas no período de chuva.

O objetivo é, por meio das informações obtidas pela população no formulário, indicar quais áreas são prejudicadas por conta da chuva. Dessa maneira, ajudar os órgãos públicos no plano de melhorias na infraestrutura da cidade.

O projeto coletou cerca de 1,3 mil formulários. Em cada um deles, será possível obter a sugestão de como agir para melhorar a estrutura de ruas, avenidas, rios, pontes e bairros. O engenheiro indicou o que pode ser investido para diminuir o problema dos alagamentos devido às chuvas.

O questionário irá indicar o que poderá ser realizado, por parte da prefeitura, para diminuir os transtornos causados pelos alagamentos em Curitiba. Não apenas para mapear os pontos, mas também para indicar políticas de melhoria em infraestrutura.

o questionário pode ser respondido pelo link https://bit.ly/3ySWnm9.