O Instituto Água e Terra (IAT) orientou nesta quarta-feira (12) a suspensão de pesca em parte da Baía de Paranaguá, no litoral do Paraná. O anúncio ocorre três dias após o vazamento de produto químico, nafta, que é tóxico e cancerígeno, no Porto. A restrição vale para um raio de três quilômetros a partir do ponto onde ocorreu o incidente.
O diretor de operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira, havia explicado à CBN que técnicos do IAT e do Ibama acompanham a situação. A avaliação dos danos ambientais deve demorar algum tempo para ser concluída.
No fim da manhã desta quarta, a Portos do Paraná informou que segue em andamento o trabalho das equipes em conjunto com o Corpo de Bombeiros com inspeção e monitoramento das galerias pluviais e redes de esgoto na região. O vazamento ocorreu durante operação de nafta do terminal Terin. Técnicos identificaram um ponto de rompimento e por isso novas escavações estão sendo realizadas para dar continuidade à investigação e inspeções de integridade da tubulação da empresa.
Conforme já informado, a operação de navios no Píer Público de Granéis Líquidos está liberada. Além disso, o acesso rodoviário aos terminais que operam nas áreas de abrangência da emergência continua ocorrendo de forma planejada e coordenada pela Defesa Civil, Guarda Municipal e Guarda Portuária.
As ações de controle estão sendo coordenadas pela Polícia Federal, Corpo de Bombeiros, Terin e pelo Plano de Ajuda Mútuo (PAM), da Portos do Paraná. A autoridade portuária informa que “todos os recursos possíveis para auxílio no atendimento a ocorrência seguem disponibilizados pela empresa pública e por outros terminais que operam na região”. A próxima reunião do comitê de emergência está agendada para a tarde desta quarta.
Famílias
Também por conta do incidente, pelo menos seis famílias ainda não podem retornar às suas casas no entorno do Porto. De acordo com o Corpo de Bombeiros, elas foram retiradas do local pelo alto risco à saúde.
O diretor da Portos do Paraná explicou que uma comissão trabalha para identificar os responsáveis pela situação.
