Maria Clara, de apenas três meses de vida, deixou o Hospital Municipal do Idoso neste sábado (28). Não, o bebê não teve qualquer problema de saúde. Virou “paciente” porque a mãe, Amanda Barbosa Seller, foi internada para uma cirurgia de emergência por pedra na vesícula. Na tradição do atendimento humanizado, a equipe improvisou um berço na enfermaria – a menininha só mama no peito.

Contada assim, a história parece simples. Não foi. Era por volta de 15 horas na quinta-feira (26). Amanda já estava internada para retirar a vesícula quando o marido, Anderson Seller, retornou ao hospital com a bebê aos prantos. “Ele estava muito nervoso porque não conseguia alimentar a filha. Isso mexeu com todos”, lembra a coordenadora da equipe multiprofissional, Regiane Borsato.

“Nunca tínhamos passado por isso. A mãe tem o direito de amamentar, mas precisávamos saber sobre como isso se daria no pós-operatório e como seria a preparação do leito para receber um bebê, pois somos uma unidade hospitalar para adultos”, conta Regiane.

O hospital preparou uma enfermaria exclusiva para a mãe e o bebê. O quarto foi adaptado, com duas camas ajustadas para facilitar o acesso da mãe ao bebê na hora da amamentação e levando em conta as limitações do pós-operatório.

Até que a cirurgia terminasse e Amanda voltasse da anestesia, profissionais se revezaram para tentar alimentar a bebê com a mamadeira e acalentá-la. “Num determinado momento eu entreguei a Maria Clara no colo delas (profissionais do hospital) para que me ajudassem, porque eu estava esgotado”, conta Anderson.

Durante toda a sexta-feira (27), a enfermaria de Amanda, que ganhou alta no dia seguinte, e Maria Clara esteve movimentada. Trabalhadores do hospital foram visitar a pequena Maria Clara.

Da Redação com Assessoria