Há pelos menos dois meses acompanhamos a situação de falta de recursos em hospitais que atendem pelo SUS. Instituições de Curitiba e região falam em um déficit operacional mensal de R$ 23,6 milhões.
Os hospitais filantrópicos da rede SUS de Curitiba devem receber no ano que vem uma nova suplementação de R$ 110 milhões. O recurso chega para complementar o repasse extra de R$ 37 milhões já realizado neste ano pelo executivo municipal. O repasse foi confirmado nesta semana pela Prefeitura da capital. Os valores serão pagos por meio do Fundo Municipal de Saúde, sendo o Tesouro Municipal a fonte dos recursos.
O aporte será dividido em dois grupos de recursos. No primeiro grupo serão R$ 36 milhões, divididos em três parcelas de R$ 12 milhões, de janeiro a março. O restante de R$ 74 milhões irá compor um auxílio financeiro temporário aos hospitais filantrópicos da rede de urgência e emergência, que será pago de janeiro a dezembro de 2023, sendo R$ 6,1 milhões ao mês.
De acordo com a secretária municipal de saúde, Beatriz Batistella Nadas, o recurso visa suplementar o financiamento da assistência hospitalar de média e alta complexidade, cujos valores repassados pelo governo federal estão aquém do custeio real.
A secretária afirma que o município já solicitou à equipe de transição do governo federal uma revisão da verba recebida para o SUS.
O pedido é para um reajuste de 20 a 30% dos contratos do SUS, segundo Charles London, presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Paraná (Femipa).
Nesta semana o Governo do Paraná formalizou a antecipação do pagamento de R$ 209,3 milhões para prestadores de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). A medida antecipa os repasses referentes aos meses de novembro e dezembro.
Para o pagamento das Autorizações de Internações Hospitalares (AIH), a antecipação foi de R$ 73,3 milhões. Já para as despesas dos atendimentos ambulatoriais, o total foi de R$ 75,8 milhões, com R$ 15,5 milhões somente para serviços contratualizados. Outra área contemplada na antecipação foi o Plano Operativo Anual (POA), com outros R$ 60 milhões.
