A Polícia Civil informou que o humorista Marcelo Alves, de 41 anos, responsável pelo assassinato da miss Raíssa Suellen Ferreira da Silva, em Curitiba, deve ser indiciado por feminicídio. Para os investigadores, o crime foi premeditado.

O corpo da vítima, de 23 anos, foi localizado enterrado em uma área de mata na cidade de Araucária, na Região Metropolitana da capital paranaense, nesta segunda-feira (9). Na mesma data, Marcelo havia confessado o crime.

A jovem estava desaparecida desde o dia 2 de junho. Ela teria sido atraída por uma falsa proposta de emprego em Sorocaba (SP), ofertada pelo comediante. No entanto, Marcelo teria levado a vítima até uma residência, onde a matou.

O corpo de Raíssa passou por perícia no Instituto Médico Legal (IML). A delegada responsável pelo caso, Aline Manzatto, informou que os indícios obtidos apontam para a premeditação do assassinato. Marcelo segue preso.

Vítima tentava oportunidade de emprego

Raíssa morava em Curitiba há cerca de três anos. Ela era natural de Paulo Afonso (BA) e ficou conhecida por ser eleita Miss Serra Branca Teen em 2020. Marcelo teria um interesse amoroso, não correspondido por ela, que motivou o crime.

O responsável pelo assassinato, que também é da Bahia, conhecia a vítima desde quando ela era criança. Ele teria auxiliado Raíssa na sua vinda para Curitiba, quando ela buscava por emprego. No entanto, eles nunca se relacionaram.

O filho de Marcelo também foi preso por ajudar na ocultação do corpo. O advogado que representa a família da vítima, Leonardo Mestre, disse que a tese da defesa, de que o crime teria acontecido de maneira irracional, não é verdadeira.


SAIBA MAIS:


A defesa do humorista e de seu filho reafirma que o assassinato de Raíssa, que teria morrido asfixiada, aconteceu em um instante de raiva. O advogado Caio Percival falou sobre a linha de trabalho que será adotada no processo.

A tia e a irmã de Raíssa vieram até a capital paranaense para acompanhar os desdobramentos do caso. O inquérito tem prazo de 30 dias para ser finalizado. Após a conclusão, o caso será encaminhado ao Ministério Público.

Veja o que falou a delegada Aline Manzatto: