Desde o início do ano, Curitiba já contabilizou 228 casos de hepatite A e cinco mortes. Durante todo o ano de 2023, foram registrados 23 casos da doença, na cidade, o que aponta crescimento de quase 1.000%. Os dados foram divulgados, nesta segunda-feira (20), no Boletim do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (SMS).

As confirmações da doença estão concentradas no público adulto jovem, especialmente homens entre 20 e 39 anos. De acordo com a Secretaria de Saúde de Curitiba, do total de casos, 174 foram confirmados em pessoas do sexo masculino, o que corresponde a 76% dos infectados. Já os casos confirmados em mulheres equivalem a 24% do total, com 54 confirmações.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que, em anos anteriores, a média de casos de hepatite A era de 12 confirmações anuais, caracterizadas por casos geralmente leves e que não necessitavam de cuidados intensivos ou internamentos.

Conforme as autoridades de saúde, o número de confirmações da doença já caracteriza surto e alerta para medidas preventivas a fim de evitar contaminação e transmissão do vírus.

O diretor do Centro Municipal de Epidemiologia, Alcides de Oliveira, disse que os casos de hepatite A estão totalmente atípicos, este ano, e diante da alta incidência de casos, ressaltou quais são os sintomas iniciais, que aparecem entre 15 e 50 dias após a infecção.

Dos 228 infectados, até o momento, 107 pessoas precisaram de internamento e dez foram transferidos para receber cuidados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Alcides de Oliveira falou sobre o perfil das cinco pessoas que, tinham entre 29 e 60 anos, acabaram morrendo após contrair a doença.

A transmissão da hepatite A ocorre por meio de água e alimentos infectados. Para evitar a contaminação, os cuidados com a higiene devem ser redobrados.

A hepatite A é uma doença prevenível com vacina disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e também na rede particular. O diretor do Centro de Epidemiologia explicou quais públicos podem tomar a vacina no SUS.

No período inicial de sintomas, é importante evitar a automedicação, que pode dificultar o diagnóstico, além de comprometer o fígado, que já está fragilizado pela hepatite. O ideal é buscar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde ou pela Central Saúde Já, da prefeitura de Curitiba, pelo 3350-9000.