Em reunião extraordinária, a maioria dos docentes da Universidade Federal do Paraná votou pela saída coletiva da greve a partir da próxima segunda-feira (24). Com a decisão, a Universidade publicou uma recomendação para retorno às aulas também na segunda-feira (24).

O professor e membro do comando de greve Francisco de Assis Marques explica que a definição não representa um contentamento da categoria.

A reunião aconteceu nesta quinta-feira (20) com representantes dos Campi da UFPR no estado e foi comandada pela Associação dos Professores da UFPR. Foram mais de dois meses de greve para reivindicar reajuste em duas parcelas: a primeira em janeiro de 2025 (9%) e a segunda em maio de 2026 (3,5%) e reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira. O comando de greve pontuou que o reajuste de 0% em 2024 torna a negociação infrutífera.

De acordo com a UFPR, a Administração da Universidade vai dar prioridade à elaboração de nova proposta para readequar o calendário acadêmico, com previsão de deliberação do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) na próxima terça (25).

Já na Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR) deve voltar com o calendário acadêmico após os trabalhadores aprovarem em assembleia o fim da greve. O professor Arandi Bezerra do comando de greve pontua que embora não seja o ideal, o movimento decidiu acatar a proposta do Ministério da Gestão.

O pagamento de valores a partir de 2025 e a progressão de carreira tiveram avanços, segundo o professor.

A previsão é de que a UTFPR realize uma reunião na terça-feira (25) para definir a reposição de aulas.

Apesar do encerramento das greves, os técnicos administrativos das instituições federais seguem paralisados, assim como os professores do Instituto Federal do Paraná (IFPR).

Lisandra Nada, diretora de Assuntos da Carreira do Sindiedutec detalha que os trabalhadores dos IFPR devem se reunir somente na semana que vem em assembleia.

A proposta para as duas categorias, técnicos e docentes, ainda é defasada segundo o movimento grevista.

O governo federal sinalizou que não deve propor um reajuste para pagamento ainda em 2024.