A greve de funcionários nas fábricas da Renault em São José dos Pinhais, no Paraná, dura mais de 15 dias. Os trabalhadores reivindicam reposições salariais, novas contratações e mudanças no plano de saúde. Já a empresa apresentou uma proposta, que não foi aceita e aguarda agora uma decisão da Justiça. Uma liminar decretada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região determinou o fim da “paralisação abusiva do trabalho, estimulada pelo Sindicato” e o “retorno imediato ao trabalho, sob pena de multa diária de R$ 100 mil por dia de paralisação, além de R$ 100 mil por dia para o caso de obstrução de acesso”.

Sérgio Butka, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, afirma que a decisão ainda não é definitiva e a entidade recorreu à Justiça, apresentando a sua versão dos fatos.

Em nota, a Renault informou que a proposta realizada pela empresa e recusada em assembleia organizada pelo Sindicato contempla o Programa de Participação nos resultados no valor total de R$ 25 mil com antecipação da 1ª parcela no valor de R$ 18 mil para uma produção de até 201 mil veículos. O valor seria o maior PPR do Brasil entre os fabricantes de veículos de passeio e comerciais leves.
A empresa também informou um reajuste da data-base com o INPC a ser aplicado em setembro de 2024, assim como no vale-mercado.

O presidente do Sindicato da categoria, afirma que os trabalhadores rejeitaram a proposta, principalmente por não incluir a alteração do plano de saúde que possa atender as necessidades de, segundo ele, diversos trabalhadores com doenças relacionadas ao trabalho.

A Renault disse em nota que em sua proposta “contempla a contratação de 50 operadores em até 20 dias úteis a contar da aprovação e que segue aberta ao diálogo. Tendo em vista a ilegalidade da greve a empresa segue pronta para a retomada das operações”.