O Tribunal de Contas da União (TCU) emitiu um relatório parcial sobre o projeto de concessão das rodovias que cruzam o estado e fez um alerta de que o modelo apresentado pode ter obras pagas duas vezes pelos usuários das rodovias. O motivo é que as obras incluídas nos projetos já foram pagas nos contratos anteriores e que foram encerrados no final de novembro, após 24 anos.

No relatório, o TCU frisa que algumas obras foram pagas e não saíram do papel e outras foram iniciadas após uma decisão judicial.

Apesar de o relatório não apontar quais seriam as obras, o deputado Arilson Chiorato (PT), presidente da Frente Parlamentar sobre o Pedágio na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), informou à CBN Curitiba que, pelo menos, duas são conhecidas: uma obra em Apucarana que não foi executada pela concessionária responsável pelo trecho e outra em Arapongas que está em execução após decisão da Justiça.

Arilson Chiorato frisou outros pontos do relatório que geraram preocupação por parte do TCU.

O secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, negou que será feita a cobrança dos usuários das rodovias de obras que já foram pagas no passado. Ele garante ainda que a retirada dessas obras do edital que deve ir a leilão pode reduzir ainda mais a tarifa do pedágio.

A análise do projeto pelo TCU é o último passo antes da elaboração final do edital que será levado para leilão na bolsa de valores. O TCU deu um prazo de mais 20 dias para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) enviar outros documentos para análise.

A previsão é que os novos contratos de concessão das rodovias que fazem parte do Anel de Integração sejam assinados somente no final de 2022, até lá, não serão feitas cobranças de pedágios nessas rodovias.