A Companhia Paranaense de Energia (Copel) divulgou nesta segunda-feira (21) que recebeu do governo do Paraná, seu controlador, um comunicado sobre a intenção do Estado de transformar a elétrica em companhia de capital disperso, sem acionista controlador.

Em nota, a o Governo do Paraná afirmou que “a empresa não terá um dono e o capital será disperso, mas o Estado seguirá como maior acionista (mínimo de 15%) e também terá uma ação de classe especial, golden share, com poder de veto, que visa garantir os investimentos da Copel Distribuição”. A mesma informação foi repassada pelo Governo do Estado, quando procurado pela reportagem.

Para o deputado da oposição, Requião Filho (PT), esta decisão, na prática, privatiza a organização.

A proposta deve ser encaminhada para a Assembleia Legislativa do Paraná ainda nesta segunda. De acordo com o governo, em nota “poucos estados ainda têm a empresa de energia ligada ao governo, o que dificulta a expansão na concorrência com o mercado privado. Com a mudança, a Copel vai liderar o movimento de transformação energética do setor sem as burocracias de uma estatal, mas ainda alinhada aos interesses dos paranaenses”.

Em nota, o governo do Paraná informa que com a venda dos ativos, “a sede em Curitiba e o nome da Companhia serão mantidos. Além disso, os ativos de geração serão preservados, como a Usina de Foz da Areia, deixando intacto o patrimônio da Copel” e para os clientes não haverá mudança na tarifa porque esse controle é definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).