O governo do Paraná sugeriu por meio de projeto enviado à Assembleia Legislativa que os diretores dos colégios militares, que antes eram escolhidos pela Secretaria de Segurança do estado, voltem a ser designados pela Secretaria de Educação do estado.

Os colégios militares foram criados para estabelecer uma parceria entre a Secretaria de Educação e a Secretaria de Segurança Pública do estado, com a presença de militares da reserva nos 200 estabelecimentos implantados. O modelo de direção compartilhada, previa administração tripartite, com um diretor-geral escolhido a partir do quadro de serviços da rede estadual, um diretor-auxiliar, também servidor civil e outro diretor civico-militar, designado pela Secretaria de Segurança do estado, que viria da reserva das forças militares estaduais. Mas, de acordo com o deputado Tadeu Veneri, o estado quer devolver essa responsabilidade à Seed porque o modelo de gestão é falho.

O líder da oposição relata que dificuldades já estão sendo constatadas neste período de funcionamento do formato híbrido.

Segundo ele, aos poucos a ideia original foi se perdendo. A regra de que apenas municípios com mais de dez mil habitantes pudessem ter colégios militares, não existe mais. Outra descaracterização aconteceu quando os policiais foram proibidos de usarem farda e armas dentro das instituições. Agora, com a alteração do cargo, isso fica mais claro, para Tadeu Veneri.

O líder do governo na Assembleia Legislativa, Marcel Micheletto não participou da sessão desta terça-feira (8). O vice-líder, Tiago Amaral, preferiu não gravar sobre o assunto, mas esclareceu que a discussão do projeto foi adiada na Comissão de Constituição e Justiça a pedido do próprio governo para que a proposta seja melhor estudada. O projeto deve voltar na próxima reunião da CCJ. Por causa do feriado, as sessões plenárias de segunda-feira (14) e terça-feira (15), serão antecipadas e os projetos serão incluídos nas votações desta quarta-feira (9).