A partir desta terça-feira (11), os motoristas devem se deparar com um aumento nos preços dos combustíveis. O novo reajuste está diretamente ligado à aprovação da Medida Provisória (MP) que limita a compensação de créditos de PIS e Cofins para as empresas de diversos setores da economia. A estratégia partiu do governo federal para compensar a perda de arrecadação com a manutenção da desoneração da folha de pagamento.

Como consequência, o consumidor deverá arcar com os prejuízos, isso porque as distribuidoras comunicaram que farão o repasse dos valores aos postos de combustíveis. Em nota, o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná (Paranapetro) informou que “terá reflexo de elevação nos preços e as altas serão repassadas aos postos”.

Uma estimativa feita pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBS) aponta que a gasolina deve aumentar de 20 a 46 centavos, tendo uma variação de 4% a 7%. Já o diesel deve aumentar de 10 a 23 centavos, variando entre 1% a 4%.

Em Curitiba, no início da manhã desta terça-feira, os preços continuavam com uma média apontada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), de R$6,24 para a gasolina comum e R$5,65 para o diesel. Com o aumento, os preços podem chegar a R$6,70 para a gasolina e R$5,88 para o diesel.

Joaquim Santos é médico e conta que ficou surpreso ao saber de mais um aumento. Para ele, o valor do litro da gasolina já é muito caro no Paraná.

O motoboy Edson Carlos dos Santos trabalha há 30 anos fazendo entregas. Abasteceu a moto para mais um dia de trabalho e disse que o aumento esperado desanima, já que o valor das entregas não deve ter reajuste. O impacto do preço da gasolina será absorvido por ele.

Para o economista Lucas Dezordi, a medida deve ter impacto direto na inflação do mês de junho, reonerando, além dos combustíveis, toda a cadeia que utiliza o transporte de cargas para a distribuição de produtos.

* Matéria atualizada às 10h30