Completar o tanque de combustível tem exigido um exercício financeiro e tanto. Nos últimos quinze dias o preço médio da gasolina ficou em torno de R$ 6.45, mas chegou a bater R$ 7,30 em alguns postos no interior do Paraná. Em Curitiba e Região Metropolitana, o etanol variou entre R$ 5.49 e R$5.80. E na última quinzena, o diesel oscilou entre R$ 5.16 e R$5,49. Um levantamento realizado pela Agência nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, mostra que a disparada de preços tem sido gradativa, com saltos de crescimento em alguns meses. Em abril deste ano, a alta em relação a abril de 2020 chegou a 34%. O novo resajuste aplicado no dia 26 de outubro só piorou a situação. De acordo com o professor e economista Lucas Desordi, a crise nacional é reflexo dos preços praticados no exterior. Ele acredita em estabilidade, mas não em redução de valor.
O reajuste acumulado nos últimos 12 meses, nos valores da gasolina, diesel e etanol, está em 18,46%, até outubro, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas. Para quem depende do combustível para trabalhar, o jeito é buscar outras formas de baratear os custos. A saída encontrada pelo taxista Tiago Bregenski, foi passar para o Gás Natural Veicular.
A opção para redução de custos tem sido bastante procurada. Em 2021 a conversão dos combustíveis líquidos pelo kit GNV subiu 88,5%, segundo a Secretaria Nacional de Trânsito, na última atualização feita no início de outubro. Tiago é taxista há 15 anos e diz que muitos colegas estão desistindo de trabalhar, porque não está mais compensando.