Após três anos de alta nos índices de mortes em confrontos com as forças policiais do Paraná, um balanço divulgado pelo Ministério Público do Paraná  (MPPR), por meio do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nesta quarta-feira (3) aponta para uma queda de 28,7% em 2023.

Ao todo no ano passado foram 348 mortes, 343 em confrontos com policiais militares e outras cinco envolvendo guardas municipais. Não houve registro de morte causada por policiais civis.

O coordenador do Gaeco, promotor Leonir Batisti, pontua o que pode ter contribuído para a queda nos registros de mortes.

Houve registros em 82 cidades paranaenses. No topo da lista estão Curitiba, com 70 casos, seguida por Londrina com 29  e Foz do Iguaçu com 13.
As mortes em confronto com guardas municipais foram registradas em Curitiba, Cascavel, Araucária e Sarandi. Os agentes municipais, no entanto, fizeram parte de um aumento no número de letalidades, já que em 2022 foram três mortes e em 2023 cinco foram registradas.

Batisti aponta que o uso de câmeras corporais, como ocorre no caso de Curitiba, não é um fator primordial para a redução de mortes, mas pode contribuir para as investigações.

Para ele, a redução dos casos de violência policial e mortes em confrontos devem ser reduzidas conforme há um aprimoramento no treinamento dos agentes e a punição de casos envolvendo má conduta.

Ainda conforme os números do Gaeco, em 2022 foram 488 mortes, em 2021 416 e em 2020 382 mortes em confrontos com policiais. A Polícia Militar é a mais letal do estado, seguida pela Guarda Municipal e a Polícia Civil.

A CBN Curitiba aguarda um posicionamento da PM sobre os dados divulgados pelo Gaeco. Já a Polícia Civil disse que não vai se manifestar.