O Brasil tem tudo para ser líder na transição energética, segundo a diretora de políticas no Conselho Global de Energia Eólica, Roberta Cox. A integrante do conselho no Brasil conversou com a imprensa no primeiro dia de reuniões do G20 em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná.
Na cidade, o time do Conselho no Brasil deve discutir o potencial do país para o investimento na energia eólica em eventos paralelos ao fórum principal. Roberta destacou a possibilidade de investimentos para as energias eólicas offshore, que são aquelas que utilizam a força dos ventos no mar para a produção de energia renovável.
Outro tema pautado serão as tecnologias brasileiras já existentes para o uso de energia sustentável no lugar dos combustíveis fósseis. Uma das inovações é a primeira planta piloto de produção de petróleo sintético a partir de biogás nacional, que foi inaugurada em junho na usina Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu.
A unidade deve produzir uma alternativa sintética ao petróleo para combustível sustentável para aviação (SAF). Agora, a expectativa do setor energético nesta reunião é para a sanção do projeto que cria o Combustível do Futuro, programa que deve ser sancionado em 8 de outubro e prevê estímulos para uso e produção de biocombustíveis no Brasil. O diretor-geral brasileiro na Itaipu, Enio Verri, falou que o mercado está pedindo para estes avanços.
Os eventos do G20 sediados em Foz do Iguaçu seguem até sexta-feira (04). Além das reuniões técnicas, acontecem eventos paralelos dos fóruns Mission Innovation (MI) e da Clean Energy Ministerial (CEM).